Você não escreve para “todo mundo”

É duro aceitar que, nem sempre, você e eu vamos agradar alguém.

Seja uma mensagem, um conteúdo nas redes, gesto carinhoso ou um feedback.

E o “não agradar” não dá uma sensação gostosa, pois a expectativa (implacável!) sai do plano real para o ideal, vagueia pela imaginação com roupa de gala, esperando consentimento, aplausos, anuência, sapatinho de cristal.

Ter uma atitude com foco em agradar as pessoas pode ser frustrante. 

“Eu odeio comida japonesa, mas comi para te agradar”… peraí; podemos chegar num meio-termo sobre isso? Bora parar de me sabotar.

Ter a melhor das intenções também não garante a satisfação do outro, o brilho nos olhos, o sorriso largo… Afinal, tanto a intenção quanto a expectativa são minhas, só minhas. Eu que lute! 

[Bora falar de escrita rsrs]

“Dalva, meu post não recebeu curtida nenhuma! Apaguei! Não atraiu ninguém! Que M!”

“Acontece!” ― minha resposta simplista, para começo de conversa.

Sei que é clichê, porém funciona: olhe para você, para dentro; o que você quer?

Eu já fiz esse teste (escrever para agradar), e adivinha? Não deu certo.

O movimento que conecta é entregar aquilo que acredito, confio, quem sou eu de verdade, e quem se identificar chegará.

Fácil, não é. Muitas vezes, dói pra caramba. Mas, olha, não dá para viver refém do modo “preciso agradar, tenho que agradar…”

Passei por isso esta semana. Ainda estou lidando com o fato. Escrever este texto e contar pra você auxilia no meu processo de cura. 

Não agradei, e está tudo bem? NÃO (parar de mentir pra si mesma é essencial). Contudo, vai passar. Certeza!

A vontade de desdizer e de “desescrever” é imensa, porém não resolve nada. Nadica de nada.

O lance é aceitar, aprender e tocar a vida. Quem sabe, no futuro, rir de tudo. Relaxar. Entender que sou especial, mas nem tanto. E tudo bem (agora, sim!).

Vida que segue.

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