Do mar a dentro à escrita afora – uma travessia de admiração

Contemplar o mar de fora pode desaguar numa travessia de admiração pelo nosso mar de dentro.

Uma observação com escuta atenta da voz abafada pelas ondas de sentimentos e travas peculiares.

Agora que o mar serenou, e os pés estão na areia (Salve, Clara Nunes!), vamos conversar.

Do que você precisa para começar a escrever?

Escrever.

Uma palavra, depois outra… mais uma, colocar o primeiro ponto-final.

Aptidão para escrever bem vem de uma infância com muita leitura. Se não é o seu caso, não se acanhe; use seu repertório e bagagem de vida. 

Espalhe aos quatro cantos do mundo a sua verdade. Neste mundão de meu Deus, há gente aguardando a sua coragem para se inspirar.

Sugestão à prova de desculpas!

Mas o que fazer com o medo que vem do fundo do peito? Mostre a ele quem manda nesta bagaça! Medo é ótimo como filtro, para não meter os pés pelas mãos, até certo ponto; pois, do contrário, não se vive.

Medo de rejeição, de não ser amada, de não inspirar ninguém, de não-sei-mais-o-quê… Chega.

Sobre o que as pessoas vão pensar ou falar, abordarei dois pontos:

  1. Se você faz, as pessoas falam; se você não age, as pessoas reclamam. 
  2. Bem lá no fundo, as pessoas não se importam taaaaaaanto assim com o que você faz ou deixa de fazer.

Lembre-se de contemplar o mar de dentro; nele habita a liberdade.

Já mandou o medo praquele lugar? Dê tom às suas ideias, deixe que fluam… sorria durante o processo 🙂

Pratique esse exercício para destravar, não necessariamente para publicar. Pondere sobre isso depois.

A correção gramatical será mais eficiente, após o descanso dos seus olhos e do próprio texto: um precisa desviciar do outro.

  • Troque a lente de autor pela lente de leitor;
  • desative o modo crítico ao extremo;
  • não tenha receio de reler seu texto; é você que está ali;
  • comece a ler e a conversar com as frases; 
  • faça perguntas aos verbos utilizados, confirme as respostas;
  • perceba a coerência das ideias. Pergunte a si mesmo: “faz sentido?”;
  • identifique a paixão pelo tema; sinta se as ideias passaram pelo seu coração.

Ao final da leitura, feche os olhos, respire fundo e diga: entendi, gostei e me encantei!

Nada de fazer 17 leituras, hein! Desative o modo crítico demais: outro sabotador para você mostrar quem é que manda no recinto.

Um mantra:

“Eu fiz o melhor que pude hoje.”

Repita-o quantas vezes forem necessárias para a assimilação completa.

Aprecie sua travessia — permita-se desaguar escrita afora.

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